Há muito que se fala da construção do IC3 e de uma nova travessia sobre o rio Tejo. No início do ano abordamos o assunto e colocámos algumas questões ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações. As respostas chegaram na sexta-feira, 3 de Julho.
Nuno MatosA intenção do Governo em construir o IC3, que ligará a A13, em Almeirim, ao troço já feito entre o Entroncamento e Tomar não é nova, mas as obras tardam em arrancar. Em Fevereiro deste ano publicámos uma reportagem onde demos conta do projecto e como se nos colocaram diversas dúvidas, solicitamos alguns esclarecimentos,através de e-mail datado de 19 de Fevereiro, ao Ministro das Obras Públicas, o qual foi remetido, a 2 de Março, à EP – Estradas de Portugal, SA. A previsão do início da obra, prazo de construção, custos da nova ponte sobre o rio Tejo, ou a possibilidade de instalação de portagens foram algumas das questõesque ficaram por esclarecer.
As respostas chegaram, finalmente, à nossa redacção na sexta-feira, 3 de Julho.Atraso é resultante reajustes no projecto.
Sobre a previsão do início da obra, a EP respondeu que “actualmenteencontra-se a decorrer o procedimento de avaliação do impacto ambiental do Projecto de Execução, mais concretamente para efeitos de conformidade doestudo do impacto ambiental, tendo sido enviado à Agência Portuguesa do Ambiente em 6 de Junho de 2009”.
Assim, diz a EP, ainda é prematuro adiantar datas para o início da obra, bem como o prazo de construção. No que diz respeito à demora da construção, uma vez que o projecto já tem alguns anos, a EP explicou que existiram reajustes ao projecto inicialmente contratado,atendendo aos resultados da campanha de ensaios geotécnicos realizada e, em face a reparos feitos pelas câmaras da Chamusca, Golegã e Entroncamento.
Quanto aos custos associados à nova ponte sobre o Tejo, incluindoviaduto de acesso com quatro quilómetros, estima-se em 60,8 milhões de euros. Ligação à Riachos à históriaSobre a possibilidade de no futuro, o IC3 passar a auto-estrada com portagens, a EP esclareceu que o Plano Rodoviário Nacional apenas classifica o IC3, entre Setúbal e Almerim(IC10), como auto-estrada.
Mas, “a forma de exploração de via depende de vários factores, não estando neste momento tomada ainda qualquer decisão”. A EP informou ainda que foram contactados alguns proprietários inicialmente, com o intuito de encontrarum consenso quanto à localizaçãodas passagens agrícolas.
A autarquia de Torres Novas tem a pretensão antiga de ligar o viaduto do Relvas ao IC3, mas essa possibilidade não se enquadra no actual projecto
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